Nos últimos anos a gente tem visto e ouvido falar muito de transição, não é? Aquelas famosas histórias que a gente vê no instagram ou no YouTube de quem largou tudo e caiu no mundo ou foi finalmente ser feliz fazendo o que ama! E de uma maneira ou de outro eu sou uma dessas pessoas. Mas quando o assunto é esse a gente precisa entender algumas coisas pra não acabar se confundindo.
Embora muita gente acabe relacionando sua vida profissional com a vida pessoal, eu digo que isso pode ser um pouco perigoso. Para que as coisas funcionem em um fluxo verdadeiramente positivo, é preciso saber separar as coisas.
A busca pelo autoconhecimento, uma hora ou outra, vai acabar fazendo com que você olhe para a sua vida como um todo e perceba exatamente quais são os pontos que estão te afetando e quais deles precisam ser imediatamente modificados. É aí que entram a transição de carreira e a transição de vida.
Transição de carreira
Eu vejo muita gente insatisfeita com o próprio trabalho, se perguntando o porquê de estar ali, fazendo uma coisa que não gosta, presas em um escritório monocromático, sem graça. Para mim, é preciso fazer uma pergunta: o que vem em primeiro lugar, o dinheiro ou a minha realização profissional e pessoal?
O novo pode assustar, principalmente por ser um caminho que é quase sempre trilhado às cegas. O medo de arriscar pode te paralisar, mas precisamos encarar as novas situações, principalmente se, para que o seu bem-estar seja completo, você realmente precise passar por essa transição.
O primeiro sinal de que você está verdadeiramente insatisfeito com o seu trabalho vem com o estresse. Ao chegar em casa, nada do dia fez sentido, você só quer deitar a cama, colocar o despertador e esperar que o próximo dia chegue. Sem aquela vontade genuína que vem lá de dentro, sabe?
Não acho que seja comum ter que esperar 335 dias de trabalho para tirar só 30 dias de descanso. Chega a ser completamente sem sentido, é quase como ficar girando em uma roda que não nos leva a lugar nenhum. Talvez não faça sentido pra você também e é isso que você tem que avaliar.
Então, se você não está nada satisfeito com os caminhos que a sua carreira acabou trilhando, é melhor repensar sobre como isso pode ser mudado, nem que isso signifique mudar radicalmente o que você faz nesse exato momento!
Lembrete: os riscos devem ser tomados de maneira ponderada. Planejamento é tudo para que você realize uma transição tranquila e realmente melhore sua realidade e não piore tudo mais ainda.
A regra dos 3Rs
Para quem está pensando em mudar drasticamente, jogar tudo para o alto e fazer o que gosta, eu preciso dizer que é melhor ter calma. Sair pedindo demissão a torto e a direito não vai adiantar muita coisa, principalmente se você não tiver uma reserva financeira.
Antes de mais nada, programe-se para o futuro, tenha dinheiro no bolso e saiba esperar, afinal, se você aguentou até agora, mais alguns meses não serão fatais. Permita que tudo ocorra em um processo natural, junte o montante necessário e, então, dê um pé na bunda desse trabalho que não te satisfaz.
Para fazer isso, recomendo a regra dos 3Rrs:
- Recicle-se: quando estiver insatisfeito com a sua carreira profissional, respire bem fundo e se recicle dos problemas. Tome um tempo para estudar, avalie o que você quer e corra atrás de algo melhor. Se não der certo, parta para o próximo R.
- Realoque-se: caso o primeiro R não tenha dado certo, vamos para o segundo. Na empresa onde você trabalha peça para ser realocado para outro setor, para realizar outras atividades. Se você continuar se sentindo infeliz, mesmo mudando de função, passe para o terceiro R.
- Rua!: o terceiro R é exatamente isso que você leu! Se nenhuma das duas etapas resolveu, a rua é a melhor solução. Não fique desanimado, porque, se não deu certo, não era pra você. Busque algo melhor. Mas sempre de maneira planejada, ok?
Transição de vida
Em primeiro lugar, saiba que a única pessoa que sabe de você, é você mesmo. Olhe para a sua vida como um todo: você está satisfeito com o que construiu até agora? É a vida que você queria viver? Essa vida te permite ser quem você quer ser? Se não, o que poderia melhorar?
Mas não confunda fazer uma reflexão com deixar de ser grato, pois precisamos ser gratos por tudo, porque, independente do que aconteceu, estamos em movimento e isso é viver (pelo menos pra mim). E é nesse momento de reflexão que pode surgir a necessidade de uma transição de vida, ou seja, uma transição que vai muito além de trocar de profissão.
Ao decidir passar por uma transição de vida é importante saber que está tudo bem em errar, são novos passos, novas tentativas, uma nova vida que se inicia por sobre o tronco derrubado de uma árvore. Além disso, quanto mais cedo você errar, mais cedo você irá aprender.
Busque um ponto de segurança, entenda que o medo da rejeição te atrapalha grandemente e não te fará evoluir de maneira alguma. Seja firme, porque voltar a dar os primeiros passos não será fácil.
Por último, é importante lembrar que, ao ter uma meta para ser atingida, a motivação vem de dentro, torna as coisas mais leves e mais gostosas de serem realizadas. Para isso, saiba valorizar os seus próprios talentos e busque o seu diferencial.
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