Você já sabe que eu passei um mês na Índia fazendo um projeto social, certo?
O que você não sabe é que, embora eu tenha feito toda minha pesquisa prévia antes de chegar lá para decidir quais lugares eu queria visitar, eu acabei descobrindo uma EXPERIÊNCIA LOCAL muito legal: Salto de Paraglider em Manali, cidade localizada aos pés do Himalaia, acredita?!
Só que… Eu não tinha deixado um ORÇAMENTO separado para isso. E não era assim um investimento tão pequeno…
Por muitos dias da minha viagem eu fiquei ANGUSTIADA por não ter previsto esse tipo de passeio no meu controle financeiro de viagem e fiquei quebrando a cabeça para ver se eu poderia fazer algum tipo de ajuste em meu orçamento para não perder essa oportunidade.
Afinal de contas, será que um dia eu retornaria à Índia e teria novamente uma OPORTUNIDADE como esta?
Aquela EXPERIÊNCIA me parecia única e minha consciência não ficaria tranquila se eu não pulasse de paraglider com a vista do Himalaia ao fundo (hahaha).
Porque pular de paraglider é relativamente fácil… Poderia fazer isso em diversos locais no Brasil. Mas não seria o Himalaia pow! hahaha
Depois de viajar bastante para dentro de mim, eu decidi que não sairia da Índia sem vivenciar aquela AVENTURA.
Então apertei tudo que pude… Deixei de comer em restaurante por alguns dias, diminui ao máximo meus GASTOS, até cheguei a tirar do orçamento do meu próximo destino, mas no fim mas SALTEI!
Saltei de Paraglider no Himalaia!
Essa foi, sem dúvida, uma das melhores experiências que eu tive durante meus 9 meses de mochilão. Não somente pela vista (que não consegui fotografar direito), mas pela sensação de estar ali, no HIMALAIA!
Aquele momento me deixou tão LIBERTA que eu verdadeiramente senti que o mundo era meu e que eu o tinha conquistado. Foi uma CONEXÃO tão intensa comigo mesmo naquele momento…
Ali eu despertei! Contemplei o fato de não estar apenas sobrevivendo, e sim VIVENDO!
Deixei sair todas as emoções que existiam dentro de mim, chorei, ri, xinguei, gritei, me esvaziei em segundos e em minutos eu me enchi completamente de um EMPODERAMENTO indescritível.
Além de todos esses sentimentos que só quem viaja CONSIGO MESMO tem, meu pulo de paraglider me fez questionar a maneira como eu lidava com meu dinheiro durante minhas viagens.
Já imaginou se eu tivesse perdido aquilo por uma simples falta de CLAREZA ou de ORGANIZAÇÃO?
Dali para frente, eu prometi para mim mesma que jamais viveria novamente aquela angústia de encontrar uma oportunidade única no meio da viagem e não ter separado DINHEIRO para seguir adiante e aproveitá-la.
Da viagem da Índia adiante, eu resolvi começar a controlar financeiramente minhas viagens!
MOTIVOS PORQUE EU FAÇO O CONTROLE FINANCEIRO DE VIAGEM:
Clareza: esse é meu principal objetivo dentro do meu controle financeiro.
Clareza de onde eu estou gastando, do quanto eu ainda tenho, das ESCOLHAS que eu posso fazer.
O controle financeiro das minhas viagens significa não apenas gastar menos mas, gastar de forma INTELIGENTE. Significa eu me organizar para viajar mais e mais. Sem deixar de lado minhas vontades, desejos e prioridades.
Engane-se se você pensar que eu sou do tipo de pessoa que, quando sobrestimo meu orçamento, gasto tudo no último dia da viagem fazendo um monte de loucuras e atividades não programadas.
Hoje eu já passo pela experiência de sobrar um pedaço do meu orçamento e ficar feliz da vida de guardá-lo para o PRÓXIMO DESTINO, de forma natural.
Até porque, engano seu achar que eu vou gastar tudo porque está sobrando… Nada disso! Meu estilo é viajar mais, para mais destinos – e não gastar tudo em um só!
É dessa forma que viajar se tornou um estilo de vida.
Hoje os meus SONHOS não são mais sonhos, eu os tornei reais, ALCANÇÁVEIS!
Como eu vivo viajando, eu não posso ter gastos desnecessários muito menos perder o controle deles, já que isso pode interferir diretamente na minha próxima viagem. Mas preciso confessar para você que meu CONTROLE FINANCEIRO DE VIAGEM foi evoluindo ao longo do tempo, desde meu primeiro mochilão.
Ele não era tão sofisticado e prático quanto é hoje! Mas desde a Índia, eu passei a ter um bom controle de todas as minhas viagens.
Fica comigo até o final do post que eu vou te passar o meu controle detalhadamente, te dando um atalho de tudo que eu passei para chegar até aqui!
#1 – FAZER UM PLANEJAMENTO BEM FEITO
O fato de eu usar uma planilha financeira para controlar meus gastos durante a viagem me força a ter um planejamento financeiro bem feito.
Esse planejamento é muito alinhado ao meu ROTEIRO (que é meu 3omandamento de pré viagem, lembra dele?)
Então, recapitulando as etapas…
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Primeiro minha viagem entra na minha wishlist;
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Assim que eu consigo uma boa oportunidade de compra de passagem, eu já abro minha planilha financeira com o valor investido;
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Na minha planilha financeira, junto com a definição do roteiro, eu estipulo quanto exatamente eu vou gastar nessa experiência.
Eu separo meus gastos por CATEGORIAS. Costumo separá-las em: passagens (aéreo e ônibus), transporte interno, hospedagem, passeios, alimentação e souvenir.
Para cada uma dessas categorias, eu faço uma estimativa baseado no meu ESTUDO PRÉVIO.
E depois de várias viagens aplicando esse MÉTODO, eu comecei a criar o HÁBITO de deixar uma margem adicional de 20% da minha estimativa financeira.
Essa MARGEM serve para descobertas locais!
Para outros “saltos de paraglider no Himalaia”
Fala verdade viajante, você também já chegou em um destino e ficou inconformado de não ter encontrado AQUELE passeio/experiência pela internet, não é mesmo?
Vivenciar o que os moradores locais fazem e descobrir oportunidades incríveis também faz parte do processo de viajar sozinho! E tudo que eu não quero repetir é a frustração de não ter uma margem financeira de SEGURANÇA para esses casos!
Por isso minha margem me permite aproveitar oportunidades incríveis que eu encontro nas viagens sem estourar meu orçamento.
E se eu não usar, tudo bem! Guardo para a próxima viagem, lembra?!
Por isso o primeiro motivo pelo qual eu faço o controle financeiro das minhas viagens é ter essa clareza: clareza de quanto eu vou gastar não apenas por categoria, mas também por forma de pagamento.
Minhas FORMAS DE PAGAMENTO são os “tipos de dinheiro” que eu levo: dinheiro em espécie (real, dólar ou outra moeda local), cartão de crédito, cartão de débito, visa travel, entre outros.
Quando eu estou fazendo meu roteiro prévio, eu consigo estimar o quanto eu preciso levar de cada uma das minhas formas de pagamento – esse é meu 3o mandamento da pré viagem, lembra?
Prefiro andar com pouco dinheiro em espécie – por fatores de segurança, e estou sempre me precavendo das variações cambiais…
#2 – CORREÇÃO DE PERCURSO
“Nenhum plano sobrevive ao plano de batalha” – conhece essa?
Pois bem, isso se aplica também nas viagens!
Por mais excelente que seja meu ROTEIRO, ainda vão acontecer coisas inesperadas ao longo da viagem – mas não precisa ser tão caro quanto um INESQUECÍVEL salto de paraglider no Himalaia…
A primeira noção que eu tento estabelecer para mim mesma quando chego a um novo destino é o preço da água.
Eu já achei que pagar 2 euros em uma garrafinha de água era barato – e hoje eu sei que é caro, beeeem caro…
Principalmente quando a viagem é internacional, a gente acaba levando um tempo para CALIBRAR nosso conversor interno e desmistificar quão barato ou quão caro são os gastos que estamos tendo lá.
É por isso que minha planilha financeira de viagem me permite checar se eu acertei ou não o meu planejamento inicial. E, mais do que acertar ou errar o planejamento, a planilha me dá clareza de como fazer TROCAS e escolhas.
Porque eu posso ter feito um excelente planejamento na alimentação, mas durante a viagem eu descobri dois passeios que eu não tinha incluído no me roteiro.
Então eu facilmente consigo fazer um INTERCÂMBIO dessas categorias para me manter dentro do meu orçamento estimado – algo que eu tinha muita dificuldade de fazer quando ainda não usava meu controle financeiro durante as viagens.
E daí cabe a mim escolher se vou realmente comer o prato mais caro do restaurante ou mesmo se vou entrar naquele restaurante, ou optar pelo passeio que encontrei no meio do percurso!
O mais importante é que eu tenho o insumo básico para minha decisão: meu controle financeiro!
#3 – CONTROLAR MEUS SALDOS
Pois é viajante, quando a gente chega no nosso destino normalmente sabemos exatamente quanto levamos de real, de dólar… Sabemos exatamente o quanto temos na carteira.
Daí a viagem começa e depois de uns dias você tem aquela certeza de que ainda tem uns 100 dólares na sua carteira e quando você abre, cadê eles?!
Grande parte dos PERRENGUES que eu escuto falar das viagens dizem respeito ao DINHEIRO ter acabado…Mas pior do que ele acabar, é não ter a mínima ideia de onde ele FOI GASTO…
Então aí está mais um motivo pelo qual eu atualizo meu controle financeiro todo dia: para saber exatamente quanto eu tenho de cada uma das formas de pagamento que eu levei ou separei para a viagem.
Todo dia eu consigo bater meu saldo do dinheiro em espécie, do que eu já gastei no cartão (e isso me ajuda muito a não estourar minha fatura!).
Esse controle para mim é fundamental para que eu não tenha nenhum problema financeiro depois da viagem e é fato, eu consigo ter a minha clareza de quanto eu estou gastando e quanto eu ainda posso gastar.
#4 – CONHECER O MEU PERFIL DE VIAJANTE
Esse é o motivo que eu mais gosto da minha planilha financeira, principalmente depois de ver ela totalmente preenchida: AUTOCONHECIMENTO!
A primeira vez que eu fiz toda essa ANÁLISE ela não ficou tão boa mas, já passado mais de anos fazendo o controle financeiro das minhas viagens, eu tenho uma clareza absurda das minhas escolhas!
Você que me segue no Instagram, sabe que eu abro mão de uma acomodação luxuosa para curtir outras experiências, não é mesmo?
Sabe que eu adoro usar o transporte público local, não apenas por ser mais barato mas também para conhecer a cidade do ponto de vista de quem mora lá…
Sabe também que eu jamais deixo de provar uma culinária local só porque a conta do restaurante vai ficar salgada – ainda mais porque os restaurantes não são preparados para servir pratos para viajantes individuais.
É através do meu controle financeiro que eu tenho clareza do meu PERFIL DE VIAJANTE – e quanto mais eu realizo essa análise, mais certeza eu tenho do meu próprio perfil de viajante.
É por meio desse autoconhecimento que eu vou gerando que eu pego experiência para programar melhor minhas próximas viagens, especialmente quando eu tenho destinos com perfis semelhantes.
É meu controle financeiro que me permite viajar mais e mais, justamente porque eu sei viajar de maneira barata!
MINHA PLANILHA FINANCEIRA
E aí, já está convencido de quão bom é ter seu próprio controle financeiro de viagem?
Pode ficar tranquilo que você não precisa passar por todos os perrengues que eu passei para chegar no meu modelo ótimo de planilha.
Ela é bem simples de preencher! Eu divido todas as minhas categorias e formas de pagamento, e também cadastro todas as transações que realizei.
Eu consigo controla-la todos os dias e bater todos os meus saldos pelo próprio celular.
Então se você quiser ter acesso a essa planilha, deixe aqui seu email descrevendo o pedido que eu vou te enviar!
Veja também o post sobre cuidados com a saúde durante a viagem, como evitar perrengues!
Um controle financeiro bem feito não é necessariamente aquele que acertamos na última casa da vírgula, mas sim aquele que nos permite aproveitar ao máximo as experiências do nosso destino.
É aquele que nos dá clareza do nosso perfil de viajante e nos faz voltar de uma viagem já programando a próxima.
E, por falar nisso, bora controlar financeiramente sua próxima viagem?
E se tiver alguma dica não esqueça de jogar aqui nos comentários, a sua dúvida ou sugestão pode ajudar outros viajantes que passam por aqui!
Grande abraço e até a próxima!
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Organizando a Viagem – Categoria